O resultado de um novo estudo sobre autismo é surpreendente até mesmo para os autores. “Se você diz para alguém que está tratando o autismo com brócolis, essa pessoa vai achar que você está louco”, conta Paul Talalay, chefe do Laboratório de Farmacologia Molecular na Universidade Johns Hopkins.
Ele e seus colaboradores anunciaram no início desta semana que, quando deram um componente chamado sulforafano, derivado do brócolis, para um pequeno grupo de adolescentes que sofriam de autismo severo e moderado, houve uma melhoria considerável nos sintomas. Eles ficaram mais calmos, mais sociáveis e em alguns casos, mais falantes.
O estudo foi pequeno, envolvendo apenas 29 pacientes que usaram o sulforafano e 15 pacientes que usaram placebo. Os resultados foram rejeitados pelo “New England Journal of Medicine”, mas aceito pela Academia Nacional de Ciência.
Isso não tem muito problema para os pesquisadores já que eles dizem que os resultados devem ser replicados antes que se torne de uso clínico. "O resultado mostra que estes sintomas podem ser alterados", disse Andrew Zimmerman, médico pediatra. "Eles não estão gravados em pedra."
Apesar de não haver mal nenhum em comer brócolis, Talalay avisa que quando testaram o vegetal de vários supermercados, o nível do de sulforafano variou bastante. Mas apesar disso, ainda há muito que ser estudado e pesquisado, conta.